Em uma aula qualquer de um curso qualquer ouvi que, observar coisas e lugares nos traria inspiração para possíveis criações, que não deixa de ser uma grande verdade, mas quando fui parar para observar me dei conta de que eu observava muito mais as pessoas do que os elementos que as rodeavam. Essa "mania", se é que posso chamar assim, não começou agora, mas sim nas andanças de trem, nas aulas da faculdade, no supermercado, na locadora, nas paradas de ônibus, e em todo lugar que exista pessoas aleatórias que talvez por descuido, não eram notadas. Não que notar pessoas andando na rua seja um dever, mas acho que todo o ser humano deveria ter essa sensibilidade, de perceber que, por mais que aquela mulher na fila do banco possa ser uma dona de casa que não pinta o cabelo a anos e com cheiro de produto de limpeza também não possa se tornar uma grande modelo, ou que que aquele corpo cheio de curvas avantajadas não posso merecer uma bela lingerie. O que quero dizer é que o significado de beleza é muito pessoal e relativo, o que pode ser bonito pra mim, pode não ser para o outro e vice versa, e que beleza está muitas vezes, na luta diária de uma mãe, de uma operária, na pele machucada de um trabalhador rural, beleza está na história por trás de um rosto, no sorriso de uma lembrança boa, em uma lágrima de saudade e quem sabe numa cicatriz.
Nunca trabalhei com fotografia, nunca fiz curso algum, mal tenho uma câmera razoavelmente boa, mas sempre admirei a facilidade que alguns fotógrafos tem de capturar esses tipos raros de beleza, e essa diversidade de sentimentos que quase ninguém vê e que só um flash feito com muita delicadeza pode capturar.
Eu sempre tive uma "quedinha" por dirigir ensaios fotográficos, mas não esses ensaios sensuais estilo paparazzo, ou capa de revista teen, mas algo que transmita algo genuíno, verdadeiro, algo presente no próprio indivíduo que esteja sendo fotografado. Sem falar no modelo(a), não quero a Megan Fox, nem nada do gênero, quero pessoas que não sejam públicas, e que tenham uma beleza particularmente dela, com suas imperfeições e tudo aquilo que gente como a gente tem. Dispenso paisagens exuberantes e lugares chiquérrimos, quero aquele lugarzinho escondido que ninguém nunca vê e nunca vai, quero aquela casa velha, aquele muro pichado, aquela sala com o estofado manchado, aquele pôr do sol, aquele mar. Só sei que não quero nada elaborado, pensado, inventado, quero um lugar qualquer, uma pessoal qualquer e uma câmera e quero conseguir capturar tudo aquilo que ninguém imagina, que ninguém sente ou percebe. A minha ideia de arte na fotografia talvez tenha mais haver com o reflexo de quem somos e o que sentimos, do que dar milhões de clicks e não mostrar nada além de um rosto bonito e um photoshop bem caprichado.
Nunca fui muito fotogênica (sempre ouço essa frase), mas sim, eu nunca fui mesmo. Talvez as pessoas que tentaram tirar fotos minhas nunca conseguiram capturar meu estresse, meu sono, minha fome, meu medo, meu cansaço, minhas preocupações, e só estavam pensando em capturar minha inútil cara de paisagem com um sorriso momentâneo, e que com toda certeza do mundo iria direto para Facebook. Não é esse tipo de foto que me interessa, que me instiga, que me faz "ler" uma imagem e imaginar tudo que ela tem a dizer. Cada artista, ou futuro artista tem um determinado gosto por alguma determinada coisa, ou uma admiração, ou talvez uma "vontadezinha" escondida, e muitas vezes escolhe algo para se trabalhar no futuro, então vou deixar o discurso acadêmico para os artistas ou futuros artistas. Mesmo que eu esteja cursando artes visuais, eu ainda não sei se quero ser artista, ou professora de artes, eu só sei que quero trabalhar com o que as pessoas tem de mais original, de mais sincero e verdadeiro, seja produzindo, criando, escrevendo ou fotografando. E esse texto gigante e todo bagunçado vai ser o início de algumas descobertas que pretendo fazer no decorrer desse curso, dessas vontades, desses clicks e dessa vida.
Nunca trabalhei com fotografia, nunca fiz curso algum, mal tenho uma câmera razoavelmente boa, mas sempre admirei a facilidade que alguns fotógrafos tem de capturar esses tipos raros de beleza, e essa diversidade de sentimentos que quase ninguém vê e que só um flash feito com muita delicadeza pode capturar.
Eu sempre tive uma "quedinha" por dirigir ensaios fotográficos, mas não esses ensaios sensuais estilo paparazzo, ou capa de revista teen, mas algo que transmita algo genuíno, verdadeiro, algo presente no próprio indivíduo que esteja sendo fotografado. Sem falar no modelo(a), não quero a Megan Fox, nem nada do gênero, quero pessoas que não sejam públicas, e que tenham uma beleza particularmente dela, com suas imperfeições e tudo aquilo que gente como a gente tem. Dispenso paisagens exuberantes e lugares chiquérrimos, quero aquele lugarzinho escondido que ninguém nunca vê e nunca vai, quero aquela casa velha, aquele muro pichado, aquela sala com o estofado manchado, aquele pôr do sol, aquele mar. Só sei que não quero nada elaborado, pensado, inventado, quero um lugar qualquer, uma pessoal qualquer e uma câmera e quero conseguir capturar tudo aquilo que ninguém imagina, que ninguém sente ou percebe. A minha ideia de arte na fotografia talvez tenha mais haver com o reflexo de quem somos e o que sentimos, do que dar milhões de clicks e não mostrar nada além de um rosto bonito e um photoshop bem caprichado.
Nunca fui muito fotogênica (sempre ouço essa frase), mas sim, eu nunca fui mesmo. Talvez as pessoas que tentaram tirar fotos minhas nunca conseguiram capturar meu estresse, meu sono, minha fome, meu medo, meu cansaço, minhas preocupações, e só estavam pensando em capturar minha inútil cara de paisagem com um sorriso momentâneo, e que com toda certeza do mundo iria direto para Facebook. Não é esse tipo de foto que me interessa, que me instiga, que me faz "ler" uma imagem e imaginar tudo que ela tem a dizer. Cada artista, ou futuro artista tem um determinado gosto por alguma determinada coisa, ou uma admiração, ou talvez uma "vontadezinha" escondida, e muitas vezes escolhe algo para se trabalhar no futuro, então vou deixar o discurso acadêmico para os artistas ou futuros artistas. Mesmo que eu esteja cursando artes visuais, eu ainda não sei se quero ser artista, ou professora de artes, eu só sei que quero trabalhar com o que as pessoas tem de mais original, de mais sincero e verdadeiro, seja produzindo, criando, escrevendo ou fotografando. E esse texto gigante e todo bagunçado vai ser o início de algumas descobertas que pretendo fazer no decorrer desse curso, dessas vontades, desses clicks e dessa vida.